POR QUE TRATAR BEM O PRESO?
Acabei de postar no Blog Repórter de Crime, que está divulgando o vídeo que fizemos sábado passado na Polinter de Neves:
Gostaria de expressar a minha mais profunda gratidão ao Repórter de Crime, por permitir que imagens que têm tirado o nosso sono, possam chegar a milhares de pessoas, entre as quais, quem sabe, encontram-se algumas que partirão da reflexão para a ação a fim de impedir que tamanha atrocidade continue a ser praticada em nosso Estado.
Parabéns ao humano e transparente Delegado da Polícia Civil, Orlando Zaccone, pelo firme compromisso de, a partir da sua gestão à frente das carceragens da Polinter, não permitir que essas cenas se repitam. O Rio de Paz não quer precisar ir para as ruas protestar novamente a fim de que nossas autoridades públicas se despertem para o drama desses homens. Não queremos que essas imagens tenham que ir para o mundo inteiro. Vamos resolver isso logo. Somos homens, não andróides.
Segurança pública e Direitos Humanos não se dissociam. Como estaremos seguros se permitimos que uma instituição do próprio Estado trate seres humanos como animais?
Por que tratar o preso com dignidade?
1. São homens.
1. São homens.
2. Não foi pactuado entre nós (não consta na nossa Constituição Federal) que prisão deve ser campo de concentração.
3. A reintegração social é possível, especialmente quando provemos meios para que aconteça.
4. Um filho nosso pode cair lá. Fica feio tentarmos corromper o agente do poder público para que nossos filhos recebam tratamento diferente daquele que queremos que os demais presos recebam.
5. Quando um preso é tratado com dignidade, estabelece-se uma probalidade maior de ele ao sair não praticar o mesmo crime que o levou à prisão.
6. Não podemos usar a lei para prendê-lo e de modo contrário a essa mesma lei tratá-lo sem respeitar seus direitos de homem e de cidadão.
7. Tortura e maldade gratuita já foram postas em prática por outras sociedades e se mostraram ineficazes para uma vida melhor em sociedade (Hobbes diria que esse é o estado de natureza, mostrando toda a sua ineficácia).
8. A detenção já basta. Por que infligir mais tormento?
Antônio Carlos Costa
Rio de Paz
Fonte: Palavra Plena
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