A imagem já diz tudo e o anúncio dispensa tradução. É um daqueles que eu guardo em uma pasta do computador nomeada “propagandas geniais”, portanto não é recente (venho montando essa coletânea desde que entrei na universidade). Ainda assim permanece atual, já que tal qual o anúncio, na nossa sociedade uma imagem continua valendo, às vezes, mais que mil palavras (e não me refiro à arte da fotografia).

Não importa se conheço as técnicas usadas para persuadir o consumidor ou as ferramentas do Photoshop que deixam aquelas modelos das propagandas plasticamente perfeitas. Nessa hora, ser mulher fala mais alto que ser publicitária e eu, como a maioria do meu gênero, sou mesmo tentada a ser como as mulheres dos anúncios: elas são lindas e valorizadas.

Depois de alguns anos caindo na mesma estratégia de compra resolvi me perguntar “por quê”, e mesmo que perca meu emprego, vou contar um segredinho publicitário pra vocês.

Era uma vez uma criança chamada Moda. Ela tinha um irmão gêmeo bivitelino chamado Dinheiro. Eles cresceram, nunca mais se separaram e viveram felizes para sempre! Pronto. Simples assim! É uma sucessão de fatos, pense comigo: mulheres se sentem amadas quando são valorizadas, logo buscam estar como acham que os homens a desejarão, logo se amoldam aos padrões estéticos da massa (ser diferente é correr o risco de não ser aceita), logo gastam muito e fazem de tudo para no final das contas ficarem todas iguais. E aí? Aí a moda muda, porque ela precisa fazer mais dinheiro girar e como todo mundo já consumiu aquele padrão, cria-se um novo, e outro e depois outro…

Em vez de ser igual a todo mundo, me adequando aos padrões, de um tempo pra cá resolvi relaxar mais. Que tal continuar se cuidando, mas preferir acreditar no que Ele mesmo nos diz, mulherada?

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Para que querer ser igual a todo mundo se Deus me fez e quer exclusiva, diferente? No final das contas, uma imagem pode até valer mais que mil palavras, mas nunca valerá mais que A Palavra cravada no coração.