Que dizem os homens ser a Igreja? parte II O que Deus quer da Igreja?
Por: Anderson Paz
Em meio à diferentes opiniões acerca da Igreja, não precisamos ficar entregues às especulações,como se não tivéssemos uma orientação clara e precisa da parte do Senhor sobre o assunto. Graças a Deus não estamos desorientados e sem direção, pois Ele deixou muito claro em Sua Palavra o que é a Igreja e o que espera dela.
Em meio à diferentes opiniões acerca da Igreja, não precisamos ficar entregues às especulações,como se não tivéssemos uma orientação clara e precisa da parte do Senhor sobre o assunto. Graças a Deus não estamos desorientados e sem direção, pois Ele deixou muito claro em Sua Palavra o que é a Igreja e o que espera dela.
Talvez ler este artigo seja meio cansativo para alguns, já que pretendo escrever sobre alguns conceitos básicos. Entretanto, eu não poderia seguir escrevendo sem lembrar esses conceitos, pois são bases para tudo o que espero compartilhar nos próximos artigos.
Faço isso por duas razões principais. A primeira é que a repetição das mesmas verdades produz segurança para nossa fé. É por isso que Paulo disse: ‘… Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança (Fp.3:1). E a segunda razão é porque nós, como construtores da Igreja (somos cooperadores de Deus), devemos conhecer muito bem a planta que Deus desenhou, para compararmos nossa construção com o que Deus quer e sabermos se estamos no rumo certo ou se estamos nos desviando do projeto original.
Para falar sobre a Igreja, precisamos voltar ao Éden, à criação do homem. Deus criou o homem para a vida em família. Ele mesmo disse que não era bom que o homem vivesse só. E por isso criou a mulher e deu a ordem de crescer, multiplicar e encher a Terra. Deus formou uma família. A raça humana foi criada para ser uma família, a família de Deus, pois DEle todos nós somos geração (At. 17:28,29). Uma família cujos filhos reproduzissem a imagem (caráter) do Pai.
Ao lermos Gênesis 1:26-28 podemos dizer com clareza que o propósito de Deus ao criar a raça humana era o de ter uma família (‘… homem e mulher os criou’), de muitos filhos (‘frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra’) conforme o Seu caráter (‘Criou, pois, Deus o homem à sua imagem’).
Como sabemos, o homem não cumpriu esse propósito.
O pecado encontrou espaço no coração de Adão e de Eva, e eles se desviaram da vontade do Pai. A imagem de Deus no homem foi corrompida. Não demorou mais do que uma geração para que ocorresse o primeiro homicídio, que foi entre irmãos. Mas, apesar do pecado do homem, Deus não desistiu do seu propósito original. Como todos os descendentes do primeiro homem se tornaram incapazes de cumprir o propósito de Deus, Ele começou a levantar uma outra família para Si, em Cristo.
O pecado encontrou espaço no coração de Adão e de Eva, e eles se desviaram da vontade do Pai. A imagem de Deus no homem foi corrompida. Não demorou mais do que uma geração para que ocorresse o primeiro homicídio, que foi entre irmãos. Mas, apesar do pecado do homem, Deus não desistiu do seu propósito original. Como todos os descendentes do primeiro homem se tornaram incapazes de cumprir o propósito de Deus, Ele começou a levantar uma outra família para Si, em Cristo.
Do meio da raça humana, Ele levantou uma nova raça. E como fez isso? Através do Novo Nascimento. Todo aquele que recebe a Jesus como Senhor se torna filho de Deus (Jo. 1:12). Filhos que são gerados quando recebem a Palavra (Tg. 1:18; I Pe. 1:23), nascem da água e do Espírito (Jo. 3:1-8). O Novo Nascimento é representado no batismo, momento em que mais um filho de Deus é recebido em sua família: a Igreja. Pelo nascimento natural pertenço à uma família natural. Por meio do Novo Nascimento pertenço à uma família sobrenatural. Como Paulo disse:
‘Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus’ (Ef. 2:19)
Dessa forma, através do Novo Nascimento, o propósito de Deus está se cumprindo, ‘Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos’ (Rm. 8:29). Uma Família de muitos filhos à imagem de Jesus (que é a exata expressão do Pai).
Como filhos de Deus, somos chamados não apenas a amá-lo, mas a amar também todo aquele que dele é nascido (I Jo. 3:5), amar como Cristo nos amou (Jo. 13:34), dando a vida em favor dos nossos irmão (I Jo. 3:16). Isso é a Igreja. Não é templo, não é instituição, e nem é uma sucessão de reuniões e cultos. Igreja é a comunidade dos remidos, a comunhão dos santos, a família de Deus. É gente que tem uma vida em comum. Que vive, convive, reparte e compartilha. Citando Ed René Kivitz: ‘a salvação em Cristo é individual, mas a vida cristã é comunitária’ [1]. Ou, como escreveu Wolfgang Simson: ‘A Igreja é uma forma sobrenatural de vida comunitária’ [2].
As mais importantes figuras da Igreja no Novo Testamento apontam para a realidade de que a Igreja é uma família e enfatizam o relacionamento que existe entre os membros dessa família. Quando a Bíblia diz que a Igreja é o Corpo de Cristo, aponta para a conexão que há entre os membros (Cl. 2:19). Quando diz que a Igreja é o Santuário do Espírito, a Casa de Deus, aponta para pedras que não estão soltas, mas edificadas juntamente (Ef. 2:19-22). A Bíblia mostra a importância do relacionamento que deve haver entre os filhos de Deus.
Sei que tudo o que escrevi são conceitos básicos que a maioria sabe. Mas, será que nossa prática é coerente com o que sabemos? Será que nossos pensamentos sobre a Igreja se harmonizam com os pensamentos de Deus? Nestes últimos dias descobri uma forma de me avaliar quanto ao assunto, de saber se os meus pensamentos sobre a Igreja ser harmonizam com os pensamentos de Deus, e se de fato a Igreja é minha família (pois é isto que Deus quer). Fiz essa auto-avaliação através de duas reflexões, e descobri que ainda preciso experimentar muito mais da Igreja como família. Sugiro que você faça a mesma auto-avaliação, porque com certeza fará bem a você, assim como fez para mim. Reflita nas seguintes perguntas:
1. Dedique algum tempo para pensar sobre a família ou pelo menos no que deveria ser uma família (já que muitas pessoas cresceram sem família ou em famílias destruídas). Quando você pensa em uma família, quais são as primeiras imagens e lembranças que vêm à sua mente? Não falo de palavras, falo de imagens.
Talvez você lembre do carinho de seus pais, da companhia, amizade e brincadeiras com seus irmãos, do tempo que vocês passaram rindo e também chorando, dos conselhos e ensinos que seus pais te deram, da sala de estar ou da cozinha, daquele almoço especial e daquela sobremesa deliciosa, das festas de aniversário, de quando você tinha que arrumar a casa, das disciplinas e das correções dos seus pais, dos problemas que todas as famílias tem, mas que deveriam e devem ser resolvidos etc.. Enfim, são muitas as lembranças e imagens.
2. Agora, dedique um tempo para pensar sobre a Igreja. Quando você pensa na Igreja, que imagens vêm à sua mente? Talvez você pense em um templo, nos cultos, nas pregações, na música, no dia da tua conversão ou do teu batismo, na escola dominical, em reuniões tanto no templo como nas casas, reuniões de oração e de estudo bíblico, das células, de momentos de alegria nos quais você foi tocado por Deus etc..
Agora que você refletiu nas duas perguntas que fiz, tenho uma coisa pra compartilhar: Nossa compreensão da Igreja como família só estará completa no dia em que a palavra Igreja e a palavra Família nos levarem a pensar nas mesmas coisas, pois Igreja é Família.
Nossos pensamentos estarão harmonizados com os pensamentos de Deus quando ao ouvirmos a palavra Igreja pensarmos no carinho dos irmãos, da companhia, amizade e brincadeiras, no tempo passado juntos rindo, chorando ou simplesmente conversando, dos conselhos, ensinos e da Palavra de Deus compartilhada (‘A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais,louvando a Deus com gratidão em vossos corações’ – Cl. 3:16), da sala de estar ou da cozinha da casa dos irmãos ou de sua própria casa, daquele almoço especial e daquela sobremesa deliciosa (‘… comiam juntos com alegria e singeleza de coração’- At. 2:46), das festas (Afinal, a Bíblia fala sobre as festas de Amor), das repreensões e das disciplinas (sempre buscando a restauração), dos problemas que as vezes surgem, mas que precisam ser tratados com confissão, perdão e humildade etc… E tudo isso cercado de oração, da Palavra e da presença de Jesus, pois, afinal, onde há dois ou três reunidos em Seu nome, aí Ele está presente, não importando o lugar.
Hoje, quero cada vez mais enxergar a Igreja como Família e deixar de reduzi-la à reuniões e eventos que não traduzem com fidelidade o que Deus quer de nós.
Fonte: Anderson da Paz
Olá Meire, não tem cmo aumentar a letra dos posts? Tá pequena demais =/
Bju
Olá Helen, pedido já atendido.
Obrigado pelo toque, não tinha percebido o quanto estavam pequenas as letras, parecia final de contrato, rs.