A riqueza da Língua Portuguesa em contraposição à pobreza das canções "evangélicas"...
A riqueza da Língua Portuguesa em contraposição à pobreza das canções "evangélicas"...
por: Alessandro Cristian
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Nossa Língua Portuguesa é falada por aproximadamente 250 milhões de pessoas ao redor da Terra. É a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada do lado ocidental do globo.
Trata-se de um idioma riquíssimo. Tal riqueza até mesmo nos impossibilita de afirmar exatamente a quantidade de palavras existentes, embora se fale em algo em torno de 500.000. Essa variedade de vocábulos deve-se ao fato de que nosso vernáculo possui palavras cuja etimologia vem do grego, do latim, do árabe, dos dialetos indígenas e africanos, etc.
No entanto, a multidão de palavras que constitui a “Flor do Lácio” não se reflete em parte das composições evangélicas hoje em voga.
A mesmice que grassa (por falta da graça?) nos “hinos” cantados em nosso meio é sofrível.
Há algumas palavras-chave que, ao que nos parece, tem servido de inspiração ad nauseum pelos compositores “gospel”. Elencarei aqui algumas delas:
- chuva, chover;
- abundante;
- restitui, restituição;
- noiva;
- derrama, derramar;
- shekinah;
- incendeia, incendiar, fogo;
- apaixonado (s);
- vitória.
Tal qual verdadeiros mantras, versos são elaborados com as palavras supra e as mesmas 4 ou 5 frases são repetidas “ad eternum” pelos “levitas”.
Prováveis causas dessa mesmice:
- O pensamento de que “um-fez-e-deu-certo-deixa-eu-fazer-também-para-ver-se-cola”.
- A soma de melodias que grudam pela insistência + letras fáceis são a mistura perfeita para vender CD.
- É disso que o povo gosta: ser levado pela emoção, e não pela razão. E pensamentos batidos/frases de efeito cumprem bem esse papel.
- o real desconhecimento do vernáculo por parte dos compositores.
Mas também não vou generalizar. Há verdadeiros adoradores e há “adoradores”.
Na primeira categoria se enquadram aqueles que não aderem às letras da moda, e estão preocupados unicamente em adorar a Deus. Já os “adoradores”, seguem o esquema palavras chave + frases fáceis + melodias que grudam não tanto pela qualidade, mas pela repetição + um toque de emocionalismo = milhares de CD vendidos. E se não tiver canções novas para lançar o CD anual, o negócio é mandar um “ao vivo”. E se no ano que vem as novas composições ainda não estiverem prontas, é só lançar um “acústico”... Ou quem sabe um "remix"... Os fãs se agradam disso. (Mas... E Deus?)
Soli Deo Gloria
Pitaco da Meire:
Hoje no Twitter o cantor e compositor Glaudir Cabral deixou uma pérola: A dica da sua participação no Plataforma.
Ouçam e confronte com as musiquinhas antropocêntricas que são cantadas nas igrejas do Brasil.
Glaudir Cabral é uma pessoa tão gente boa que enviou uma música dele que é uma verdadeira pérola, mas que não dá pra encontrar no mercado, ela é do ano de 1978!
Conheçam o trabalho de pessoas como o do Glaudir Cabral, João ALexandre, Tuta Moraes, enfim, faça uma higiene na sua mente e coração. Sei que o resultado disso será uma teologia mais coerente com A Palavra, pois essas musiquinhas além de pobres no estilo, são pobres em teologia.
Apareceu uma novissima de uma cantora famosa que diz (batendo o pé com pirraça): "eu quero a minha benção, dela eu não abro mão, preciso da resposta, manda um anjo me dizer... Triste, e insano. Estou começando a entender porque esse povo fala tanto de quebra de maldição, é porque ao se pregar outro evangelho, que não é baseado na cruz (morte de Cristo por nos), o resultado é maldição segundo Paulo aos Galatas.
Caramba! Essa é valente, não conheço ainda, mas vou procurar.
Com certeza, pra quem não conheceu a graça, a maldição ainda é realidade.